sexta-feira, 27 de junho de 2008

. licença .

Ele a viu e não falou nada e ela o viu e fingiu não ter visto.

Depois de saber sobre os burburinhos que passavam de boca em boca sobre a sua vida, ela preferiu calar-se. Quem diria que um simples olhar e meia dúzia de palavras poderiam surtir tanto efeito na vida daquelas pessoas. Como se ninguém quisesse tudo já fazia parte de um ciclo vicioso para saber da vida alheia. Invadiram sem ao menos pedir licença.

No hall se encontraram, mas ela insistiu em não olhar, ele por um instante a viu e a aguardou na entrada do elevador, com um destino único, a saída de uma duradoura segunda-feira calada.

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